domingo, 19 de março de 2017

Preconceito e consciência

     Raphaella tem menos de dois anos. É destituída da consciência que reconhece o preconceito. Recentemente, seu pai foi vítima da estupidez de incautos, para dizer o mínimo. Por uma atitude pretensamente descuidada, destas tão comuns a quem exerce seu ofício, o pai deixou de propiciar o fugaz sucesso de seu colega ou de sua equipe. Foi um ato simples, perfeitamente desculpável. Por causa dele, em uma típica manifestação de boçalidade, foi chamado de macaco. Não, ele não compõe alguma espécie da fauna brasileira. É um ser humano, digno e simples, como eu e você, que lê esse texto.
    Em breve, Raphaella terá adquirido a consciência necessária para entender a estupidez que vitimou seu pai. Espero que, quando isso acontecer, as coisas tenham mudado no Brasil.  
    Aspiro, mais que espero.
 
Em tempo: Raphaella Apratti Vaz, é filha de Rafael Vaz, zagueiro do Flamengo, e de Roberta Apratti Barbato.

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